A criação do Parque de Marapendi possui seus prós e contras: ao mesmo tempo em que preserva a faixa litorânea de forma permanente (esperamos), suprime uma faixa de conservação da vida silvestre com o pretexto desta estar degradada.
O projeto da prefeitura estaria beneficiando as construtoras e imobiliárias ao atender seus interesses econômicos, sem nenhuma vantagem para os moradores.
O projeto do campo de golfe retiraria 58 mil metros quadrados da área da APA de Marapendi não edificável, e a incorpora ao terreno onde será construído o campo olímpico. Outro projeto muda de 12 para 18 o gabarito de prédios residenciais remanescentes do antigo autódromo.
Um dispositivo incluído na proposta permite que a prefeitura libere projetos de novos hotéis com até o dobro do gabarito. O projeto apresentado a Câmara dos Vereadores tem um dispositivo que permite que os 690 mil metros quadrados de potencial construtivo (a área edificável) da Reserva sejam usados para construir hotéis com cinco pavimentos adicionais ao limite previsto na legislação.
O gabarito dos hotéis passaria, por exemplo, de cinco para dez pavimentos nas Avenidas das Américas e Ayrton Senna e em vias no entorno do Barra Shopping. A proposta também aumenta o gabarito de hotéis onde ele já é mais elevado. Na área do futuro Parque Olímpico às margens da Lagoa de Jacarepaguá, o total de pavimentos liberados passa de 22 para 27. Nas avenidas Salvador Allende e Embaixador Abelardo Bueno, sobe de 15 para 20 andares.
Esse Pacote Olímpico está parecendo um pretexto para viabilizar o lucro e as vantagens para a indústria imobiliária. Será que a Câmara dos Vereadores irá atender a estes interesses?
Fonte: Jornal O globo de 08/11/2012, pag. 13
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