O processo de reciclagem de lixo eletrônico é caro e altamente poluente. No Brasil, em função disso, ainda não há uma indústria de reciclagem voltada para o setor. Mas muitas pesquisas estão sendo feitas para tentar encontrar uma forma de limpar e baratear o processo.
O estudante de Engenharia de Metalúrgica da Escola Politécnica da UFRJ, Pedro Paulo Medeiros , é um desses estudiosos do assunto. Há pelo menos um ano ele pesquisa alternativas para separar de forma limpa os metais das placas de computadores.
“Nessas peças há metais como cobre e ouro em alto teor, mas não são reaproveitados porque não há por aqui um mecanismo capaz de separá-los de forma limpa. O que se faz é jogar um ácido para dissolvê-los e depois usar um processo de eletrólise para recompor as propriedades desses elementos, o que é caro e perigoso, pois pode poluir o ambiente.” contou o estudante, que acaba de conquistar o primeiro prêmio na Jornada de Iniciação Científica da UFRJ com o trabalho Concentração de Metais de Placas de Circuitos Impressos.
O estudo propõe um método de separação dos metais, menos poluente e viável economicamente. Segundo Pedro, consiste em separar manualmente os componentes da placa e os que não puderem ser reutilizados são triturados e transformados em pó.
Este pó é colocado em um equipamento chamado classificador, que separa os elementos pela densidade de cada um em compartimentos diferentes. O processo, segundo Pedro, deve baratear o custo de reciclagem, mas ainda requer pesquisas até que seja viável em larga escala.
Fonte: Revista Razão Social do jornal O globo de 27/03/2012, pág 22.
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