Foto: www.ahebrasil.com.br
O senso comum alinha esporte e meio ambiente, duas necessidades humanas de sempre e que atualmente estão cada vez mais valorizadas e desejadas. No entanto, ambos saem prejudicados quando interesses escusos, posições dúbias e falsos moralismos cruzam o caminho deles.
Parece ser o caso na construção do campo de golfe público na Barra da Tijuca, cuja licença de instalação foi dada no final de abril. A ‘polêmica’ gira em torno da necessidade de um aparelho olímpico e da preservação da APA de Marapendi. Análise rápida: A cidade do Rio de Janeiro tem dois excelentes campos de golfe particulares, que já receberam grandes eventos internacionais antes e cabe à prefeitura preservar a vegetação original do terreno, último remanescente natural do litoral da cidade.
O argumento que o campo irá recuperar e preservar uma área degradada do terreno é violenta afronta à inteligência, à coerência e à legislação ambiental brasileira.
Tradicionalmente campos de golfe causam impactos ambientais. O uso de produtos químicos no gramado, geralmente de espécie exótica, a grande quantidade de água para irrigar o campo, entre muitos outros tendem a diminuir as benesses ambientais destes campos. Mas a principal prejudicada é a vegetação nativa. É aceito e adotado internacionalmente que se dê prioridade a construir em áreas realmente degradadas. Assim soma-se uma valiosa contribuição social e ambiental à nova área esportiva.
A escolha de um terreno degradado poderia voltar a alinhar o esporte e o meio ambiente sem que isso signifique abrir mão dos valores sociais, ambientais e econômicos de ambos. Mas o ‘legado de 2016’ preferiu seguir o caminho mais fácil e menos coerente. A cidade sairá perdendo, infelizmente.
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