Outro livro que encontramos em nossa biblioteca e que está à disposição para pesquisa é o “Lixo, Vanitas e Morte – Considerações de um Observador de Resíduos” de Emílio Maciel Eigenheer.
O livro conta a história do lixo juntamente com a história do homem, afinal onde está um encontra-se o outro também. Fala sobre o lixo na Alemanha, da relação conflitante do homem com o lixo e procura mostrar as mais variadas relações que se pode estabelecer entre lixo e morte.
“Os homens produzem lixo em suas diversas atividades. Ao se alimentarem, ao construírem suas habitações, ao editarem seus livros, os resíduos estão presentes. O tipo e a quantidade variam histórica e geograficamente. Cinzas, ossos e cascas podem caracterizar os do homem das cavernas; plástico, vidros e metais os do homem contemporâneo. De igual modo tem variado a forma como o homem lida com seus resíduos sólidos – da geração ao destino final -, desde o simples lançar no entorno (pântanos, rios, etc) ao uso de modernas tecnologias (aterros sanitários, usinas de triagem e compostagem, incineradores)”. (E.Eigenheer)
Se plausível a tese de que a modernidade ocidental procurou, paulatinamente, se esconder do drama da morte em seu cotidiano, seja como profissional das estruturas médicos-hospitalares e cemiterias, seja pelo esforço do “sempre novo” da era do consumo, é possível que o lixo, por sua quantidade e complexidade, apareça (ao nos remeter a degenerescência de nossas produções e do nosso corpo) como ameaça desse esforço de esquecimento da morte, devendo por isso ser mantido, apesar das dificuldades crescentes, afastado e neutralizado, inclusive através do uso de uma nova linguagem e práticas tecnológicas.
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