Detritos espaciais (ou lixo espacial) são objetos criados pelos humanos e que se encontram em órbita ao redor da Terra, mas que não desempenham mais nenhuma função útil, como por exemplo as diversas partes e dejetos de naves espaciais deixados para trás após seu lançamento. Tanto podem ser peças pequenas, como ferramentas e luvas — a exemplo de uma perdida por Neil Armstrong na missão Gemini VIII em 1966 — ou estágios de foguetes e satélites desativados que congestionam o espaço em volta da Terra — como exemplo, os antigos satélites soviéticos RORSAT — e que causam risco de acidentes graves, tanto em órbita (pelo risco de possíveis colisões), quanto numa possível reentrada de tais detritos na atmosfera terrestre. Os detritos espaciais tornaram-se uma crescente preocupação nos últimos anos pelo fato de que colisões na velocidade orbital podem ser altamente danosas ao funcionamento de satélites, pondo também em risco astronautas em atividades extraveiculares. (Fonte: Wikipedia)
Os avanços tecnológicos advindos da corrida espacial são imensuráveis e melhoraram muito nossas vidas. O forno de micro-ondas, o velcro, o Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês), as lentes de contato e o laser. E ainda equipamentos sem fios, as fraldas infantis descartáveis, as frigideiras de Teflon antiaderentes, termômetros digitais ou o simples código de barras, que simplificou o comércio e que foi uma invenção da NASA (agência espacial americana) para identificar as milhares de peças de suas naves. (Fonte: Ênio Padilha)
Tesla envia carro para virar Lixo espacial
Mas não se deve, mesmo que por excelentes motivos (e isso não é uma unanimidade), fazer uso da máxima de que os fins justificam os meios. Lançar um carro revolucionário e que ainda funcionava ao espaço é a antítese da sabedoria científica, uma ação de marketing descabida e, talvez, sem precedentes na história moderna da ciência. De quebra virou lixo espacial. Se é entediante lançar um bloco de concreto como carga de teste e a ideia é chamar atenção para um novo começo na exploração espacial valia a pena pensar numa ação mais coerente, e que agregasse outros valores para seduzir a humanidade.
Por exemplo: poderia mandar um carro idêntico porém oco por dentro e leiloar o verdadeiro para reverter o dinheiro para ações e incentivo à ciência nas escolas, ou para custear uma ação de construção de cisternas na África, ou para ajudar hospitais de campanha em áreas de conflito pelo mundo. Há inúmeras ações de apoio humanitário, educacional ou científico que o carro dele poderia ajudar ao invés de virar lixo espacial.
E piora, como se não bastasse o tanto de lixo espacial orbitando o planeta agora começamos a era do envio de coisas para orbitar outros planetas, já que a intenção é que o carro chegue a Marte. Se há outra forma de vida inteligente no espaço ela certamente terá um péssimo cartão de visitas da humanidade com o lixo espacial daTesla.
Nosso querido planeta e a atual população que o ocupa sofre de muitas mazelas, o que não é desculpa ou motivo para abandonarmos nossas pesquisas e avanços tecnológicos. Mas não dá mais para dissociar qualquer ação que ultrapassa a casa das centenas de milhões de dólares da imensa desigualdade que nos aflige e envergonha.
Elon Musk e outros milionários não devem nada a ninguém. Por isso mesmo que ele perdeu uma oportunidade de ouro para mesclar sua ação de marketing e verdadeiro avanço científico, que chamaram atenção do mundo todo, com uma contribuição mais imediata à humanidade e ao nosso desafio de nos unirmos em torno de questões urgentes tanto quanto queremos perseguir nossos sonhos.
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