A formação de educadores ambientais em todo o Brasil recebe reforço esta semana com o lançamento de duas publicações. Elas fazem parte do curso preparado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para apoiar a prática educativa e social no campo. Os dois volumes, disponíveis em versão digital, abordam os aspectos introdutórios e o papel do agente popular na agricultura familiar.
Agente popular é aquela pessoa que estimula a reflexão da sua comunidade sobre a situação socioambiental vivida. Cabe a ele incentivar que a comunidade atue nos espaços de participação e controle social das políticas públicas de agricultura, educação e meio ambiente de sua região.
CONVITE AO DEBATE
Ao todo, a série terá sete livros, que serão oferecidos até o final do ano. “É um convite ao debate, à investigação sobre o lugar em que vive e atua o agente popular”, destaca o coordenador do Programa Educação Ambiental na Agricultura Familiar (PEAAF) do MMA, Alex Bernal. “Partimos da premissa de que transformando sua realidade, o aluno se transforma. É um processo de constante troca entre o aluno, seu meio e as pessoas do lugar”.
Além das publicações, o Departamento de Educação Ambiental do MMA prepara edital para a seleção de instituições parceiras para a segunda edição do curso semipresencial de formação de agentes populares.
O objetivo é selecionar instituições que apoiarão a realização do curso, desenvolvido por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem do MMA. “Sabemos que as instituições têm uma relação mais próxima com os agricultores familiares, o que é fundamental para que o curso chegue a quem se destina”, destaca Bernal.
PARTICIPAÇÃO
A primeira edição do curso, realizada entre outubro de 2014 e janeiro de 2015, contou com a participação de 13 instituições de norte a sul do País. Cada uma delas poderia formar até cinco turmas, com 40 alunos. Foram formados 356 novos agentes.
“Ao mesmo tempo em que o curso apresenta inúmeros exemplos de agricultores, cooperativas e grupos que estão transformando sua forma de produzir, ele problematiza os impactos da modelo vigente de desenvolvimento rural, colaborando para que os próprios alunos possam participar da transformação desejada para a agricultura”, adianta o coordenador
Por: Alethea Muniz – Editor: Marco Moreira
Fonte: Site MMA