O bairro é São Francisco, a cidade Niterói, o ano 1985. Naquela época, estávamos a longínquos 7 anos da Eco 92 no Rio de Janeiro e as palavras ‘coleta’ e ‘seletiva’ quase não se encontravam. Mas o Professor Emílio Eigenheer da UFF (Universidade Federal Fluminense) já as escrevia juntas e sabia muito bem o que elas significavam. Começou assim uma das iniciativas pioneiras de coleta seletiva porta-a-porta no Brasil. Anos depois a Eco 92 divulgou ainda mais a tal segregação dos recicláveis do lixo comum. A Ecomarapendi organizou a coleta seletiva no Fórum Global, no Aterro do Flamengo, na realidade iniciada em 1991 com dez Postos de Entrega Voluntária espalhados pela cidade, num dos quais este que vos escreve começou a destinar seus materiais recicláveis.
Mas o fato é que 21 anos depois desse impulso ainda coletamos e reciclamos muito pouco diante dos argumentos irrefutáveis a favor da separação do lixo. Na matriz da gestão integrada de resíduos, no entanto, a ainda forte presença de lixões ativos é bem pior. E embora a relação entre depósito final de lixo e coleta seletiva seja espantosamente íntima e forte a maioria dos gestores públicos, técnicos e políticos prefere encará-los separadamente, algo impensável em alguns países.
Para piorar muitas cidades não adotam ou marginalizam a coleta seletiva por acharam que ela é mais cara que a coleta convencional. Tal argumento é muito equivocado e demonstra uma inquietante dificuldade administrativa. Mas antes que digam que esta afirmação é um devaneio de ambientalistas clique neste LINK para ler um artigo baseado na tese de Doutorado de Artur Oliveira (UFSC).
Como no vídeo abaixo a população é convocada a contribuir, fazendo sua parte, o artigo acima convoca os gestores municipais a administrarem o lixo de suas cidades com responsabilidade, inteligência e, acima de tudo, bom senso. Vamos todos acreditar e fazer a coleta Seletiva acontecer!
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