Veja a matéria que a jornalista Isabela Marinho publicou no site do programa Globo Ecologia sobre os trabalhos que a Recicloteca elabora.
Em 2010, foi criada Lei nº 12.305/2010) que estabelece, também para o consumidor, a “responsabilidade compartilhada” pela destinação correta dos resíduos (incluindo coleta seletiva e reciclagem). A coleta seletiva, que facilita o reaproveitamento e a reciclagem, gera menos lixo, reduzindo os riscos de bueiros entupidos, sobrecarga nos aterros ou Centrais de Tratamento de Resíduos (CTRs) e uso de lixões. Vale lembrar que a doação de recicláveis gera mais trabalho e renda para as cooperativas de catadores.
Pensando na necessidade de difundir essa ideia da reciclagem e sua colaboração para diminuir os impactos ambientais em 1991 a ONG Ecomarapendi, sediada no Rio de Janeiro, criou a Recicloteca (Centro de Informações de Meio Ambiente, Resíduos e Reciclagem). Sendo o maior centro da América Latina, a Recicloteca planeja e executa ações de conscientização e sensibilização para fortalecer a educação ambiental. Entre as essas ações de prevenção feitas pela ONG há o Programa Reciclagem Solidária – PRS Condomínios, criado em 2002, com foco inicial na organização de cooperativas de catadores “de lixo” (eles não gostam de chamar de tudo aquilo que foi descartado e que, após determinado processo, pode ser útil e aproveitado pelo homem) para possibilitar a coleta seletiva.
Segundo Paulo Pelegrino, responsável pela área de marketing da ONG Ecomarapendi, atualmente o trabalho da Recicloteca beneficia diretamente os condomínios do Rio de Janeiro. “No nosso estado foram quase 20 milhões de kg de recicláveis coletados. E com ações em 10 estados, o PRS aumentou em 17.000% o volume de material reciclado fora do Rio de Janeiro desde 2002”, explica.
Além de explicar passo a passo como fazer a coleta seletiva em sua casa, o site da Recicloteca tem um sistema de busca que permite a qualquer brasileiro encontrar onde deixar seu material reciclável. A Recicloteca deixa clara a diferença entre reaproveitamento e reciclagem. Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins mesmo depois de serem descartados são chamados de materiais reaproveitáveis. Já aos que precisam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem são considerados materiais recicláveis. Por exemplo: aquela famosa poltrona feita de garrafas do tipo pet é um reaproveitamento. Por outro lado a transformação química e física da garrafa pet em fibras de poliéster para a fabricação de tecido para roupas é um processo de reciclagem.
A Recicloteca dá palestras em condomínios e orienta como as pessoas devem fazer para aderir à coleta seletiva em suas moradias.
Leia mais sobre o projeto Reciclagem Solidária, aqui.
Fonte: Site do Globo Ecologia