Reciclagem. Palavra fácil de ser memorizada. Em qualquer escola as crianças sabem o que significa. E nos últimos 20 anos, ela deixou de ser uma palavra estranha para fazer parte do nosso vocabulário cotidiano.
Coleta seletiva. Outra expressão que também está presente em nosso vocabulário. Muitas pessoas sabem o seu significado e têm interesse em colocá-la em prática.
Mas os caminhos são complicados… Muitos cidadãos já tentaram implantar um sistema de coleta seletiva em suas casas ou prédios, ruas e bairros, mas não obtiveram sucesso.
Entretanto, as dificuldades não deveriam ser consideradas como um fator de desestimulo a uma prática tão fundamental a um país que tem em sua agenda o “desenvolvimento sustentável”.
O problema deste caminho está em entender que existe uma cadeia extremamente delicada que o move. Na ponta mais frágil deste sistema estão os catadores, em sua maioria profissionais informais, que estão se inserindo em um mercado que está em formação. Um mercado onde os recicláveis não são separados na fonte geradora, principalmente residências e empresas. Em que muitos destes profissionais, para conseguir o mínimo para sobreviver, precisam vasculhar o lixo para resgatar sua fonte de renda. Ou ainda, percorrer o lixão, lugar insalubre, para separar os materiais recicláveis misturados ao lixo. Um mercado que ainda está se organizando em cooperativas, que só agora, com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, será incentivada pelo Estado.
Até o momento, não fosse a iniciativa de algumas ONGs e empresas, as cooperativas estavam a mercê de uma economia de mercado, na qual os que menos ganham pelo grande trabalho que fazem são os catadores.
Foi nesse contexto, que desde 2002, a Ecomarapendi mantém o Programa Reciclagem Solidária – Cooperativas, que tem como principais objetivos a valorização social dos trabalhadores da reciclagem organizados em cooperativas e a minimização dos impactos ambientais da disposição final de resíduos sólidos.
A grande demanda da sociedade pela coleta dos materiais recicláveis, nos levou a auxiliar as cooperativas em seu processo de profissionalização, como legalização, equipamentos de segurança individual, aquisição de prensas e balanças, bem como sua articulação política em torno das necessidades do setor.
Desde então, o programa atendeu 39 grupos em todo o país, auxiliando na formação de mais de 3 mil catadores.
Atualmente, o Reciclagem Solidária atua apenas no Rio de Janeiro, onde acompanha 11 cooperativas. Com o intuito de facilitar o acesso a elas, colocamos todas no MAPA. Agora você consegue saber exatamente onde estão estas cooperativas.
No link da imagem, basta você clicar no nome das cooperativas à esquerda ou no marcador amarelo no mapa à direita e surgem na tela todas as informações sobre a cooperativa como endereço, telefone, nome de contato, e-mail e materiais coletados.
A unica cooperativa que não foi contemplada no mapa é a Coop – Liberdade, hoje alocada na Incubadora Técnica de Cooperativas Populares (ITCP) da UFRJ. Seu galpão está em fase de construção dentro do Complexo do Alemão. E sua coleta está restrita ao óleo de cozinha usado. Você pode entrar em contato com a Coop-Liberdade através dos telefones: (21) 9802-5057 / 9883-8198 / 9568-4959.
Nos próximos dias, os links de cada mapa de cooperativa estarão na seção ‘Quem recebe recicláveis’ do site Recicloteca. Acesse lá também contato de cooperativas em todo o país.
Gostou dos textos? Detestou? Queremos saber!
Deixe aqui seus comentários, criticas e sugestões.
Estamos fazendo o blog para vocês e
ele é uma construção conjunta.
Ajude-nos a melhorá-lo!