Taí um problemão: O que fazer com o entulho? Destinar para um aterro sanitário? Ser simplesmente enterrado?
Não, nada disso!
Vivemos em um tempo em que isso não é suficiente. Já sabemos que os materiais utilizados na construção civil não são infinitos. Eles não estão disponíveis para sempre. Precisam ser utilizados de maneira eficiente, ou melhor, de forma sustentável.
Para que jogar fora algo que pode ser utilizado na construção de uma moradia? Ou ser transformado em brita? Aterramento? Concretagem? Tijolo?
E algumas iniciativas já mostram que esse desperdício de material pode e deve ser evitado.
Um bom exemplo disso é o que uma indústria gaúcha está fazendo com o entulho. Segundo reportagem do jornal O Globo, o Grupo Baram consegue transformar 28 toneladas de entulho em uma casa de 52 m², com dois quartos, sala, cozinha e banheiro.
Leia na íntegra a matéria que saiu no jornal O Globo.
País já tem casa feita de entulho de obra
Ecológico, tijolo usado é mais resistente que o tradicional
Casa feita de entulho. Fonte: Grupo Baram
Quantas toneladas de entulho são necessárias para a construção de um imóvel de 52 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha e banheiro? Pouco mais de 28 toneladas – acaba de responder o Grupo Baram, companhia gaúcha líder na fabricação de andaimes, que construiu a primeira casa do país erguida apenas com entulhos de obras. Mais do que livrar o meio ambiente de tais detritos, a tecnologia criada pela empresa representa ainda economia de 40% no preço final do imóvel, que sai a R$45 mil.
O primeiro passo foi dado com o lançamento de uma máquina capaz de moer toda sorte de materiais – de restos de concreto a pisos e cerâmicas. Em seguida, a empresa desenvolveu um maquinário capaz de transformar esse material em tijolos e blocos. No total, foram investidos cerca de R$6 milhões em três anos.
– A grande vantagem do projeto é o aproveitamento do entulho em todas as etapas de produção, das paredes ao contrapiso (um capeamento de argamassa feito para nivelar pisos). Atualmente, em capitais como São Paulo e Porto Alegre são jogados no lixo, a cada hora, 1,8 mil e 242 toneladas de entulho, respectivamente. Com esses volumes, é possível construir 334 casas por dia em São Paulo e 85 na capital gaúcha – diz Josely Rosa, diretor-presidente do grupo.
O tijolo feito apenas de agregados – como são chamados os restos de obras depois que passam pela máquina de reciclagem – é três vezes mais resistente do que o tradicional, além, é claro, de ser ecologicamente correto, pois não utiliza combustão em seu processo de fabricação.
– A redução de CO2 na atmosfera é um dos grandes benefícios do projeto. Se essa casa fosse erguida pelo método tradicional, seriam gerados, segundo dados do Ministério de Minas e Energia, 3.996 de CO2 só na produção de tijolos vermelhos. Ou seja, seriam necessárias 21 árvores para consumir essa carga de gás carbônico. Hoje, a sustentabilidade é nossa maior preocupação, e não há como ser diferente – destaca Rosa. – Sem tratamento adequado, o entulho é deixado, muitas vezes, em locais inapropriados, como leito de rio.
Outra novidade, segundo Rosa, está no assentamento dos tijolos, feito com uma massa 100% ecológica – de resíduos minerais e que dispensa a utilização de areia e cimento. O material também é fabricado pelo grupo. O imóvel, aberto à visitação, está exposto no parque industrial da empresa, às margens da BR-116, na cidade de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Fonte: Jornal O Globo
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