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Coleta de lixo: chegou a hora de evoluir

Alguma vez você já se perguntou como seria trabalhar como gari? Especialmente na função de coletor de lixo domiciliar? Aqueles que ficam atrás do caminhão catando sacos do chão e jogando dentro do compactador exercem uma das funções mais ‘século 19’ que se pode imaginar.

É estarrecedor que uma sociedade que convive com tanta tecnologia e tantos avanços na gestão de recursos ainda precisa testemunhar essa atividade degradante, insalubre e, ao mesmo tempo, tão importante. Sim, porque se não houver coleta de lixo domiciliar a cidade para. Mas isso não justifica manter a função estagnada no tempo sem evoluir e mudar.

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Recentemente a COMLURB adotou as caçambas de lixo automáticas para organizar a coleta de lixo domiciliar. Instaladas em alguns bairros do Rio de Janeiro são operadas por caminhões especiais e a coleta de lixo domiciliar não envolve contato humano.

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São inúmeras as vantagens da coleta automática:

– Lixo não fica na rua para ser arrastado por enxurradas e entupir bueiros. Isto é Saneamento Ambiental;

– Garis não manuseiam o lixo, o que evita exposição a todo tipo de material que pode causar doenças e ferimentos;

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– Agiliza a coleta impedindo o trânsito por menos tempo;

– Garis não circulam pendurados na traseira de caminhão o que elimina o risco de acidentes envolvendo quedas e atropelamentos;

– População tem rua mais limpa e mais conforto pois pode descartar o lixo doméstico 24 hs por dia 7 dias por semana;

– Inibe a ação de garimpagem de lixo que alguns catadores ainda insistem em praticar e que suja a rua, além de atrasar o trabalho dos garis.

Entretanto alguns pontos demandam atenção constante:

– A escolha do local de instalação deve ser criteriosa. Há registros de caçambas que bloquearam completamente a calçada;

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– A disseminação deve ser rápida por toda a cidade correndo o risco do investimento resultar em retorno mais lento, o que resultaria em custo-benefício ruim;

– A logística de coleta fica mais ágil e deve liberar recursos humanos e materiais para a coleta seletiva, por exemplo, que ainda não atende toda a cidade;

– O dimensionamento do volume de caçambas, sua localização e a frequência da coleta não pode ter falhas pois os problemas decorrentes de tais erros não podem ser corrigidos pelo caminhão de coleta automática;


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Esperamos que o novo sistema agregue estes valores para toda a cidade e que seja um sucesso. O Rio de Janeiro deve chegar ao século XXI antes das Olimpíadas de 2016 e a coleta de lixo automatizada será um dos mais importantes legados dos Jogos Olímpicos (melhor ainda se também ajudar a alavancar a coleta seletiva).

Em tempo: Porto Alegre usa esse sistema desde 2011 e já faz parte do cotidiano de 5 bairros inteiros e de parte de outros 8 bairros. Saiba mais na página do DMLU.

Leia mais:

Coleta Seletiva Carioca: contatos, dias, horários e material educativo

Enchente: O Rio debaixo d’água todo verão

Estrutura de coleta e disposição de resíduos sólidos na Região Hidrográfica da Baía de Guanabara

Quanto custa NÃO ter a coleta seletiva?

O (mau) exemplo europeu e a coleta de lixo em Barcelona

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