Continuando a seqüência dos posts intitulados “Para onde levo…?”, hoje, vamos falar sobre a destinação de alimentos.
Freqüentemente, as empresas entram em contato com a Recicloteca com interesse de destinar alimentos, principalmente refugos da seção de hortifruti, para a compostagem.
A comp0stagem é uma ótima opção para a destinação de matéria orgânica inservível ao consumo humano. No caso de grandes geradores, indicamos empresas especializadas na transformação deste material em adubo de alta qualidade. Para os domicílios, pequenos geradores, recomendamos a composteira em caixas organizadoras, seja com o uso de minhocas para acelerar o processo ou não.
Mas, o alimento não é algo para ser simplesmente destinado a virar adubo. É um recurso fundamental para manutenção da vida. Ainda temos pessoas em nosso país que não conseguem obter, por dia, a quantidade mínima de nutrientes necessários a sua vida. De acordo com dado do IBGE de 2006, 72 milhões de brasileiros, ou seja 39,8% da população sofre de insegurança alimentar.
Faz-se necessário repensarmos a maneira como lidamos com a “comida”, ou melhor, com o desperdício da comida. Este acontece em nossos lares – mais de 50% de tudo que descartamos como lixo é composto por matéria orgânica -, ao longo da cadeia produtiva – colheita, manuseio e transporte dos alimentos, nas centrais de abastecimento – e, por fim, na comercialização em supermercados ou outros espaços.
Podemos começar a reduzir este desperdício em casa. Adquirindo somente a quantidade de produtos que vamos conseguir consumir. E aproveitando integralmente os alimentos, isto é, sem descartar talos e cascas que podem estar presentes no nosso cardápio. Cascas de abacaxi e de mamão podem virar suco, casca de banana é ingrediente de bolo, casca de laranja pode ser transformada em geléia ou em tiras cristalizadas, talos de folhas compõem farofas, recheios de tortas ou esfirras, casca de abóbora transforma-se em recheio de quiche… Enfim, as possibilidades são enormes.
Para as empresas, a solução seria doar os alimentos, ainda próprios ao consumo humano, ao Banco de Alimentos, ONG que começou seus trabalhos em 1998. Atualmente, eles recebem uma média de 40 toneladas de alimentos por mês. Ao longo de mais de 10 anos de trabalho, já foram realizados mais de 7.5 milhões de atendimentos totalizando mais de 37 milhões de refeições doadas. A ONG atende 51 instituições cadastradas, totalizando 22.171 pessoas com refeições complementadas diariamente. A população é composta por adultos, idosos, crianças, deficientes físicos e mentais e pessoas com patologias específicas.
Cabe ressaltar que a Organização arrecada apenas alimentos in natura não manipulados ou processados, ou alimentos industrializados ou não perecíveis em embalagens integras dentro do prazo de validade. De acordo com as normas da ANVISA não é possível arrecadar alimentos prontos ou pré-preparados.
A ONG Banco de Alimentos atua somente na cidade de São Paulo e Grande São Paulo.
Para outras localidades, organizações como a Ação da Cidadania Contra a Fome e o Mesa Brasil, do sistema SESI, recebem e redistribuem alimentos.
Veja como doar para a Ação da Cidadania contra a fome, a miséria e pela vida
Entre em contato com o Banco de Alimentos
Conheça o trabalho do Mesa Brasil (SESI)
Primeiro post sobre “Para onde levo meus Recicláveis?” fala sobre a destinação de potes de vidro com tampa de plástico para a Rede Brasileira Banco de Leite Humano (RBLH).
Segundo post “Para onde levo minhas pilhas?” tratamos da destinação de Pilhas.
Sobre compostagem dentro de casa, assista ao vídeo da Recicloteca no Youtube.
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