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Não, não é lixo!

Então, você consegue imaginar sua vida sem o plástico? Já contabilizou, dentro da sua casa, quantos objetos são de plástico ou o possuem em sua composição? Ou, quantos objetos de plástico, como embalagens, você descarta diariamente?

É inegável a quantidade de objetos feitos com este material. Isto não seria um problema, não fosse a cultura do descartável estabelecida em nossa sociedade.

Os bens duráveis, que possuem um ciclo de vida mais longo, como tubulação hidráulica, componentes para televisão e equipamentos eletrônicos, peças de carros, entre outros, são substituídos com uma freqüência muito menor que os bens considerados de consumo e descarte imediato, como as embalagens de refrigerante, copos de café e água e sacolas de supermercado. Entretanto, seja no longo ou no curto prazo, em algum momento nós teremos que dar uma destinação adequada a estes objetos, considerados lixo.

No dia a dia, o lixo acumulado em nossas casas é recolhido pela empresa de limpeza urbana e levada para um depósito, muitas vezes inadequado, causando impactos negativos tanto sociais quanto ambientais.

Quando descartados de forma indevida, eles podem atrair vetores de doenças e servir como um meio de proliferação dos mesmos. É o que acontece com a garrafa de PET (polietileno tereftalado) ou os copinhos descartáveis de PP (poliproprileno) ou de PS (poliestireno), que ao acumularem água limpa servem como criatório para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue.

Quando jogado nas vias públicas, este material pode entupir as galerias pluviais e contribuir para ocorrência de enchentes, como as que ocorrem nas grandes cidades. Claro que não podemos colocar este material como único responsável pelas enchentes. Existe uma série de fatores que colaboram para isso, como a impermeabilização dos solos, canalização dos rios, a ocupação irregular de áreas de encostas de morros, a destruição da mata ciliar junto aos rios e lagos, dentre outros.

Mas este lixo poderia não ser lixo. Simples assim. E gostaríamos de frisar: o volume de material reciclável que poderia ser separado do lixo e destinado para a coleta seletiva é muito grande. Material reciclável não é lixo, não é rejeito.

No entanto, ao nos desfazermos deles junto com o lixo comum, isto é, com a matéria orgânica e materiais não recicláveis, nós transformamos o que poderia ser insumo para indústria e fonte de renda para os profissionais da reciclagem em lixo.

Cabe uma reflexão, tanto individual quanto coletiva, sobre a maneira como lidamos com os nossos restos.

Continuamos este papo amanhã!

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