O lixão de Jardim Gramacho foi filmado pelos próprios catadores antes de seu encerramento. Organização estrangeira ajudou a mostrar a verdade por trás da definição de aterro sanitário.
A organização School Without Borders (Escolas sem Fronteiras) pretende levar a educação para fora de sala de aula e entre outras formas de agir roda o mundo para descobrir e divulgar situações de opressão por alguma situação de injustiça social. Mas para realizar o seu trabalho ela ensina as pessoas oprimidas a operarem filmadoras e as próprias registram as situações. O olhar de dentro da injustiça é muito mais puro e verdadeiro que o gravado por uma equipe que não conhece a realidade no cotidiano.
Em 2007 eles estiveram no Lixão de Jardim Gramacho para documentar a vivência dos catadores. As imagens na rampa, como se chama o local de disposição do lixo eram proibidas pela administração do aterro, apenas imagens à distância eram autorizadas sob a alegação de que não era seguro se aproximar do local. Mas os catadores entram diariamente nesse lugar inseguro e levaram a câmera escondida registrando como era o “aterro sanitário” de Jardim Gramacho. De fato, umas imagem vale mais que mil palavras. E estas imagens explicam muito bem que o depósito de lixo de Jardim Gramacho era e sempre foi um lixão.
Confira no vídeo como era o trabalho na rampa e ressaltamos que a 3:09 de vídeo um catador atira uma pedra para mostrar a piscina de chorume acumulado.
Num aterro sanitário não há chorume, não há fogo e não há catadores.
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